A câmera que captura 5 trilhões de quadros por segundo

Há cerca de cinco anos e meio o MIT (Massachusetts Institute of Technology) espantou o mundo com sua pesquisa e desenvolvimento de uma câmera capaz de captura um trilhão de quadros por segundo. Caso você não saiba o que isso significa, podemos simplificar dizendo que: ela captura fótons (ou partículas de luz) viajando pelo espaço.

O pesquisador Ramesh Raskar utiliza bastante a clássica fotografia de Harold Edgerton, que captura uma bala atravessando uma maçã, para comparar as velocidades envolvidas.

Imagem: Harold E. Edgerton, 1964

A câmera do MIT consegue capturar a viagem dos fótons, que fazem isso cerca de 1 milhão de vezes mais rápido que a bala na fotografia. Só essa notícia já seria incrível, afinal de contas, estamos falando de uma câmera que poderia gravar alguns fenômenos químicos e físicos que estão longe da velocidade de câmeras “normais” ou mesmo da exposição necessária.

Lund University

Cinco anos após a divulgação da pesquisa do MIT, pesquisadores da Universidade de Lund na Suécia divulgaram sua câmera que seria capaz de capturar até 5 trilhões de quadros por segundo. Lembrando que a Universidade de Tóquio já havia divulgado pesquisa em 2014 com velocidades que chegam a 4,4 trilhões de quadros.

Com isso, eles foram capazes de capturar um pulso de luz “caminhando” pelo espaço equivalente à espessura de uma folha de papel. O principal trunfo desta nova técnica é a implementação de processamento e um algoritmo capaz de mudar a forma de captura quadro a quadro tradicional.

Enquanto da maneira tradicional as câmeras capturam imagens de forma individualizada, a nova tecnologia é baseada neste algoritmo e captura várias imagens codificadas em um quadro, depois elas são dispostas em uma sequência de vídeo.

Como funciona

O sistema da Lund University funciona a partir de uma técnica chamada FRAME (Frequency Recognition Algorithm for Multiple Exposures). Ela funciona embutindo um código único a cada pulso do laser utilizado para iluminar a cena. Estes pulsos se mesclam em um quadro único, mas podem ser separados individualmente e inseridos em um formato de vídeo.

Aplicações no dia-a-dia

Já no experimento do MIT, previa-se a possível utilização deste tipo de tecnologia para exames médicos por imagem, além, é claro, da gravação de eventos químicos, físicos e biológicos que antes só poderiam ser capturados em quadros únicos devido à sua velocidade extremamente alta.

Também é possível enxergar através de arestas tomando por base os fotóns rebatidos pelos objetos na natureza, por exemplo, um bombeiro poderá aplicar o princípio para enxergar pessoas dentro de locais que não permitem a visualização direta ou médicos podem utilizá-la para imagens em cavidades do corpo.

É possível acessar um preview do artigo enviado para publicação clicando neste link.

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Graduado em Imagem e Som pela UFSCar e especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Mackenzie. Parte de seu portfólio está disponível em: https://www.behance.net/gustafonseca. Quer entrar em contato? Envie um e-mail para gustavof.gustavo@gmail.com.

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